sábado, 8 de maio de 2010

Diretoria e Conselho eleitos 2010 - 2013

Realizada em 29 de abril 2010, a Assembleia Geral do INFA aprovou o relatório anual e elegeu seus dirigentes:

Diretoria Executiva
Jaída Chaves Lorenzon, Dir. Superintendente
Fernando Loureiro, Dir. Administrativo
Cristina Maria C. T. Rodrigues, Dir. Financeira
Glória Maria Matos, Dir. Comunicação
Helena Meira C. Garcia, Dir. Área Terapêutica
Lúcia Dantas. Dir. Serviço Social
Selma Amorim. Dir. Relações Institucionais

Conselho Diretor
Cidália Maria de Jesus Rocha
Américo Ribeiro
Cacilda Bruni
Guilhermina L. S. Palhares dos Anjos
Helio Mendes de Amorim
Isabel dos Santos Teixeira
José Airton Monteiro
José Maria de Oliveira Villela
Laércio Bruni
Leda Huhne
Sérgio Lázaro Dantas
Solange Castellano F. Monteiro

sábado, 3 de abril de 2010

ASSEMBLÉIA GERAL DO INSTITUTO DA FAMÍLIA - INFA

C O N V O C A Ç Ã O

Caríssimos Membros da Assembleia Geral do INFA

Convocamos os Sócios Fundadores e Efetivos para a Reunião Ordinária de 2010 da Assembleia Geral do INFA, a realizar-se no dia 29 de abril de 2010 às 19:30 horas em primeira convocação e 20:00 horas em segunda convocação, no salão de eventos da Igreja São Francisco de Paula, Praça Euvaldo Lodi, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.

Pauta:
1. Aprovação do relatório anual e as contas referentes ao exercício financeiro de 2009.
2. Proposta de alteração de estatutos.
3. Eleição e posse da Diretoria Executiva e do Conselho Diretor – 2010-2013.
4. Admissão de Sócios Efetivos.
5. Outros assuntos.

Anexamos o Relatório Anual 2010 para sua avaliação prévia.

Pedimos a confirmação do recebimento desta convocação e a presença de todos nessa Assembleia, propondo, se desejarem, a inclusão de outros assuntos na pauta da reunião.

Sua presença é muito importante.

Afetuosamente,


Helio Amorim
Diretor Superintendente.

Estacionamento no local
Ônibus
- da zona norte: 233 – 234 – 225 via Tijuca
- da zona suburbana: 748 – 750 via Jacarepaguá
- do centro e zona sul – todos com destino Barra.

segunda-feira, 15 de março de 2010

As práticas sociopolíticas dos cristãos

As práticas sociopolíticas
Helio e Selma Amorim*

A quem está morrendo de fome, vamos correndo dar o peixe. Mais adiante, aplacada a fome, é possível que consiga aprender a pescar. Mesmo assim, ainda vai precisar receber o primeiro anzol. Só depois começam as práticas de promoção humana, para que tendo aprendido a pescar, não permaneça para sempre dependente de ações assistenciais.


Mas não basta. Falta garantir-lhe o direito de comer o peixe que pescou. Porque não é isto o que estamos vendo nesse modelo injusto de sociedade excludente e opressora. A maioria dos que trabalham não consegue usufruir do produto do seu trabalho. Produz bens que nunca poderá possuir. Constrói boas casas mas mora em favela. Os donos das máquinas e das fábricas, das fazendas e usinas, aqueles que investem seu capital na produção possuirão tudo o que braços e mentes produzirão. Aos trabalhadores pagarão salários insuficientes para comprar as coisas que produzem.
Essa equação cruel faz parte da lógica do sistema capitalista em sua forma habitualmente selvagem, que hoje se reveste de uma vistosa e enganosa roupagem neoliberal. Tudo será regulado pelo deus-mercado, cuja "mão invisível" cuidará que as tensões se equilibrem magicamente, dela resultando misteriosamente a justiça social e a paz, com igualdade de oportunidades para todos, numa sociedade igualitária e feliz.
O que observamos, mesmo os mais distraídos, é que essa utopia secular de Adam Smith nunca se realizou, em nenhuma parte do mundo. A crise econômica planetária de 2008 revela a fragilidade e contradições do sistema econômico globalizado. As relações comerciais internacionais são desonestas, com a imposição de baixos preços aos produtos primários exportados pelos países periféricos. Esses países ficam submetidos à competição desvairada entre si, estimulados pelo mercado comprador, para garantir as cotações negociadas habilmente nas bolsas dos grandes centros financeiros mundiais. É a lei da oferta e da procura, sempre manipulada por quem detém o poder econômico, com seus oligopólios e cartéis, produzindo ricos cada vez mais ricos, à custa de pobres cada vez mais pobres.
Este mecanismo funciona diabolicamente, tanto nas relações internacionais como na economia interna dos países, com o mesmo resultado. Não é à-toa que em todos os países são elevados os níveis de desemprego. É também da lógica do sistema. A oferta de mão de obra tem que ser sempre maior que a demanda, para assegurar os baixos salários praticados. Sempre haverá um desempregado desesperado que aceitará qualquer proposta. Se a economia se aquece e se chega ao pleno emprego, os salários subirão, para atrair a mão de obra escassa. Por isso, é preciso impedir esse aquecimento. Esse é um dos mais iníquos aspectos do sistema a que estamos submetidos.
Voltando ao pobre pescador, que assim não pode comer o peixe que pescou, percebemos que esses mecanismos espoliadores são próprios de estruturas socioeconômicas desumanizadoras intoleráveis. O cristão conscientizado identifica essas engrenagens. Em sua ação profética, denuncia a sua maldade intrínseca. Também compreende que a denúncia não é suficiente. É urgente transformar essa realidade contrária ao projeto de Deus.
Essas transformações somente acontecerão por via política. O cristão é chamado a uma atuação política efetiva, num leque amplo de possibilidades e alternativas eficazes. Além da militância ativa em partidos políticos, são inúmeras outras oportunidades de ações dessa natureza através da participação nas múltiplas estruturas sociais intermediárias existentes ou que podem ser criadas: ONGs, associações civis e eclesiais, sindicatos, conselhos municipais comprometidos com direitos humanos e tantos outros.
Paulo VI, na "Octogesimo Adveniens" afirmou que a ação política é uma das mais nobres escolhas de o cristão atuar no mundo, para transformá-lo. A política, em suas variadas expressões, é o instrumento próprio para perseguir-se esse objetivo. É espaço a ser ocupado pelos cristãos, como opção de fé.
Então podemos reformular o ditado famoso: “a quem tem fome, dar o peixe, antes que morra; logo que possível, vencida a fome, dar-lhe o anzol e ensinar-lhe a pescar, para que não fique para sempre dependente de ajuda; em seguida, juntar-se a ele na luta política pelo direito de comer o peixe que pescou”.

*Membros do Movimento Familiar Cristão e da Rede de Cristãos.

Brasil no meio do tiroteio...

As andanças diplomáticas do presidente pelo Oriente Médio e em breve no Irã parecem obedecer a uma bem urdida estratégia do tipo “conforme combinado”. O mundo ocidental se une para pressionar o desconcertante líder iraniano com medidas sufocantes e tem o Brasil como válvula de escape para negociar amistosamente com o instável personagem para o bem de todos os envolvidos nesse complicado jogo de xadrez no qual um cheque-mate não convém a nenhum dos jogadores. Nas visitas preliminares.a Israel e Palestina, extremamente cordiais, o hábil senhor do Itamaraty deu um jeito de excluir da agenda do presidente uma homenagem ao fundador do sionismo que previa flores brasileiras em seu túmulo. Seria um desastre para o diálogo com o outro lado do muro da Cisjordânia. Assim, com esses sinais diplomáticos expressivos, pode ser bem sucedido o entendimento “desse cara” com o inquieto presidente executivo dos aiatolás para garantir átomos iranianos bem comportados. As críticas externas às andanças do presidente podem ser parte combinada de uma instigante coreografia.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Manifestação de repúdio

As drogas estão corroendo o tecido social de forma assustadora no Brasil. A mais destruidora é comprovadamente o álcool, destacadamente a cachaça, barata, de fácil circulação por todos os recantos mais remotos do país. Há destilarias por toda parte. Produzimos 1 bilhão de litros por ano.
O vício é poderoso, a dependência se torna incurável. Os estragos são variados: destruição da saúde física e mental do alcoólatra, desagregação da sua família, violência doméstica e no trânsito, deixando rastros de infelicidade, dor e morte, registrados nos noticiários de todos os dias.
Os graves custos sociais também se traduzem em custos financeiros bilionários para o sistema de saúde. Em suma, a cachaça é um inimigo perverso e traiçoeiro das famílias, pior ainda por ser tratado como elemento folclórico da nossa cultura, chamada carinhosamente de pinga ou cachacinha.

Manifestação de repúdio.

Em 28 de outubro, a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou a criação do Dia Nacional da Cachaça, Projeto de Lei do deputado ruralista Valdir Colatto (PMDB-SC), com parecer favorável do relator, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), este alegando que “a cachaça já foi incorporada ao cotidiano de milhares de brasileiros”.

O projeto vai à aprovação do plenário da Câmara e, se aprovado, seguirá para o Senado. Na argumentação os autores dessa façanha destacam que “o produto é um dos símbolos do povo brasileiro”.

Imagina-se que a Comissão de Educação deva ter uma pauta robusta de temas e projetos a discutir e aprovar para que aconteça uma verdadeira e necessária revolução no modelo educacional do país. A criação de um dia de exaltação da cachaça a nível nacional é uma aberração, na contramão da sua pauta.

As entidades que subscrevem seu repúdio formal a esse projeto de lei convidam outras organizações a somarem esforços para sustar esse desvio de conduta de parlamentares muito bem remunerados pelo povo brasileiro, mas cegos à sua realidade.

MFC – Movimento Familiar Cristão
Utilidade Pública Federal
INFA – Instituto da Família
Utilidade Pública Federal, Estadual RJ, Municipal Rio
CAALL – Centro Alceu Amoroso Lima para a Liberdade

sábado, 3 de outubro de 2009

Recordando Murillo Navarro Pereira

Dirigente do Movimento Familiar Cristão do Rio de Janeiro, com sua esposa Ilva.
Sócio fundador do INFA


Na missa, com Ilva, filhos, netos e bisnetos, parentes e tantos amigos, sete dias após seu falecimento, esta foi a mais tocante homenagem, oferecida por seus netos.
“Homenagear o senhor é a coisa mais difícil nesse momento. Difícil simplesmente pela pessoa maravilhosa que você foi e representou para nós. Nos ensinou a importância da família e o significado de uma palavra tão subjetiva como o amor, tornando esses dois conceitos muito reais em nossas vidas. Portanto, nós temos a agradecer, não só por isso, mas por todas as lembranças marcantes. Quem não conviveu não consegue entender o que eram nossas noites frias em Cabo Frio, com os primos reunidos, fazendo bagunça na casa; não consegue entender o por que adorávamos o seu exclusivo CATAPUMBA e os piqueniques na praia do Sudoeste; não consegue imaginar a alegria das nossas festas de Natal; não consegue imaginar como você era um ótimo contador de histórias; enfim, não consegue entender a falta que você faz!
Junto com a vovó, com dignidade e respeito criou 10 filhos e recebeu com amor todos os netos e bisnetos; construiu uma família linda que sempre terá você como um ícone, pode ter certeza! Obrigada por tudo, vô! Por todas as conversas e conselhos, por todos os ensinamentos, por ter sido não só um avô, mas amigo para todos nós! Obrigada por ter estado sempre presente tanto nos momentos tristes quanto nos felizes, dividindo conosco o simples prazer de tê-lo por perto. Se hoje você faz falta para todos é porque soube conquistar cada um em especial, porque teve o dom e a sabedoria de plantar apenas bons frutos em nossos corações.
Temente a Deus, sabia brigar quando necessário e puxava nossas orelhas só pra ficarmos espertos; fazia festinha em nossas cabeças como ninguém, mas também sabia pedir, não é, vó?!; era dono de um sorriso lindo e meigo e de uma risada gostosa, de um bigode e uma careca características, assim como uma teimosia irreverente, principalmente quando se tratava de idas ao médico ou tomar remédios.
Sabe, nem sempre sabemos dar valor a pequenos acontecimentos, rotineiros ou não, e só quando perdemos nos damos conta do inestimável valor que aquilo representava.
Só queríamos que o senhor soubesse que reconhecemos agora cada momento precioso e agradecemos a Deus por termos tido um avô que viveu o tempo todo nos proporcionando tantas alegrias; por termos tido um avô do qual possamos lembrar com alegria e orgulho; por termos tido o melhor avô do mundo.
Mais uma vez, o senhor está fazendo muita falta, mas com certeza a saudade que nós gostamos de ter e se, em algumas noites traiçoeiras, a cruz estiver pesada, saberemos agora que não só Cristo estará conosco em nossos corações.
Amamos Você!
Todos os netos.”
Autora do Texto: Paula Barroso Pereira Madruga, neta de Murillo Navarro Pereira

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Menino de rua

Nesse pequeno que passa, roto e sujo, pela rua, caminha o futuro. É a criança filha de ninguém, o garoto sem nome além de menino de rua. Passa o dia entre as avenidas da cidade, as praças e por vezes nos amedronta, quando se aproxima. Ele não vai à escola e todas as horas observa que se esgotam os momentos da sua infância.
Você atende os seus filhos, tendo para eles todos os cuidados. Esmera-se em lhes preparar um futuro, selecionando escola, currículo, professores, cursos. Acompanha, preocupado, os apontamentos dos mestres e insiste para que eles estudem, preparando-se profissionalmente para enfrentar o mercado de trabalho.
Você auxilia os seus filhos na escolha da profissão, buscando orientá-los e esclarecê-los, dentro das tendências que apresentam. Você se mantém zeloso no que diz respeito à violência que seus filhos podem vir a sofrer, providenciando transporte seguro, acompanhantes, orientações. São seus filhos. Seus tesouros. Enquanto seus filhos crescem em intelecto e moralidade, aqueles outros, os meninos de rua prosseguem na aprendizagem das ruas, maltratados e carentes. À semelhança dos seus filhos, eles crescerão, compondo a sociedade do amanhã. A menos que pereçam antes, vítimas da fome, das doenças e do descaso. Cruzarão seus dias com o de seus rebentos e, por não terem recebido o verniz da educação, as lições da moral e o tesouro do ensino, poderão ser seus agressores, procurando tirar pela força o que acreditam ser seu por direito. Você se esmera na educação dos seus e acredita ser o suficiente para melhorar o panorama do mundo. No entanto, não basta. É imprescindível que nos preocupemos com esses outros meninos, rotos e mal cheirosos que enchem as ruas de tristeza. Com essas crianças que têm apagada, em pleno vigor, sua infância, abafada por trabalhos exaustivos, além de suas forças. Crianças com chupeta na boca utilizando martelos para quebrar pedras, acocorados por horas, em incômoda posição. Crianças que deveriam estar nos bancos da escola, nos parques de diversão e que se encontram obrigados a rudes tarefas, por horas sem fim que se somam e eternizam em dias. Poderiam ser os nossos filhos a lhes tomar o lugar, se a morte nos tivesse arrebatado a vida física e não houvesse quem os abrigasse. Filhos de Deus, aguardam de nós amparo e proteção. Poderão se tornar homens de bem, tanto quanto desejamos que os nossos filhos se tornem. Poderão ser homens e mulheres produtivos e dignos, ofertando à sociedade o que de melhor possuem, se receberem orientação. Por ora são simplesmente crianças. Amanhã, serão os homens bons ou maus, educados ou agressivos, destruidores ou mensageiros da paz, da harmonia, do bem. É dever de todos amparar o coração infantil, em todas as direções, orientar a infância, colaborando na recuperação de crianças desajustadas. É medida salutar para a edificação do futuro melhor. Sem boa semente, não há boa colheita. Enfim: acolher e educar os pequeninos é humanizar a humanidade.

(Momento de Reflexão – via Internet)